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COVID-19 & Quarta Revolução Industrial: como colocamos em prática para a retomada dos negócios
A Quarta Revolução Industrial é uma expressão que engloba algumas tecnologias para automação, robotização e troca de dados e utiliza conceitos de sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem. Tem nove pilares principais já conhecidos por todos: análise de dados, robótica, simulação, integração de sistemas, internet das coisas (IoT), cibersegurança, cloud computing, manufatura aditiva, realidade aumentada.
Parafraseando Klaus Martin Schwab que fundou em 1971 o European Symposium of Management, organizado em Davos na Suíça, (em 1987, se tornou o World Economic Forum): “Essa revolução tem amplitude, pois alcança a todos geograficamente, não reconhecendo fronteiras, profundidade, pois estará em todas as camadas sociais e velocidade, porque está ao alcance de todos e sua dinâmica não é controlada por ninguém especificamente. Ela nos obriga a reinventarmos o: como fazemos, o que fazemos, quando fazemos e para quem fazemos e, o mais importante, quem somos e como queremos ser”.
Desde o começo da divulgação desse conceito e/ou prática, a maioria de nós, buscava saber como ter e/ou dominar a tecnologia tão falada, com baixo ou nenhum investimento. Pensávamos em automação, robotização, destruição de postos de trabalho e criação de novos, com base em profissões inovadoras. Não tínhamos a exata dimensão do quanto já dominávamos essas tecnologias, o quanto dependíamos delas e, também, o quanto não estávamos preparados para elas.
Infelizmente, precisamos de uma pandemia para descobrir que nos reinventar é a base da Quarta Revolução Industrial. De um dia para outro, percebemos que – com raras exceções – as empresas não estavam preparadas para mover toda a sua produção de conhecimento, tradicionalmente centralizada, para um modelo totalmente descentralizado. Tivemos que reaprender a viver socialmente com nossos familiares, bem como a conhecer nosso lar e não o CEP, que é apenas o nosso endereço.
A ameaça de destruição de todos, não apenas de alguns, tornou visível pessoas que antes eram invisíveis, tais como: garis, motoristas, entregadores, motoboys entre outros. Todos passaram a ter cabeça-tronco-membro e a serem vistos como pessoas importantes a essa nova realidade de convivência na sociedade.
Somos seres humanos e nos reinventamos, colocamos a tecnologia a serviço e bem-estar do indivíduo, ou seja, da nossa sobrevivência. Nós nos movemos como uma força única, velocidade e amplitudes constantes, nunca antes vistos. Basta ver as milhares de toneladas de alimentos já doados, EPIs hospitalares, shows gratuitos, compartilhamento de conhecimento, de experiências vitoriosas ou não e de recursos como logística, armazenagem e de mão-de- obra. O fazer pelo outro passou a ser um dogma não escrito, mas praticado.
Estamos ressignificando as relações entre pessoas, empresas e governos independentes de bandeiras, territórios, raças, orientações sexuais e ideológicas. Todas as outras revoluções que antecederam a essa, nos prepararam para enfrentar nosso maior inimigo que é o COVID-19 e, a Quarta Revolução Industrial, iniciada em 2012 em Hanover na Alemanha, deu-nos não apenas a consolidação de tecnologias, mas também a consciência de que precisávamos repensar quem somos e o que queremos ser para definir o que, como e quando iremos fazer. Atrevo-me a dizer que o modelo tradicional de medir o sucesso de um indivíduo, empresa e ou país, que atualmente é mensurado pela riqueza produzida e acumulada, poderá ter novas formas e conteúdos bem mais complexos.
Sairemos de uma crise inimaginável, porém mais fortes, sábios e preparados para continuar a evoluir. Não nos restará outro caminho.