A eletrificação de ferrovias é uma das saídas que as empresas e os governos têm para reduzir as emissões de gases na atmosfera. Porém, no Brasil, isso ainda está longe de tornar-se uma realidade.
Conforme aponta um levantamento feito pela Siemens, o modal ferroviário representa apenas 25% dos transportes realizados em nosso país. Se formos analisar o número de ferrovias eletrificadas, sem dúvida, o número é ainda menor.
Para reverter essa situação, é importante que profissionais do setor qualifiquem-se na área. Isso porque o crescimento das ferrovias eletrificadas é uma tendência para os próximos anos.
Afinal, também de acordo com a Siemens, o Governo Federal comprometeu-se a reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030. Logo, deve haver um fortalecimento no mercado da eletrificação.
A eletrificação de ferrovias desempenha um papel fundamental na melhoria da logística de transporte em várias maneiras. Isso porque as reduções na emissão de gases são bastante significativas.
Em entrevista à revista Exame, o ex-secretário-geral do Ministério dos Transportes, Frederico Bussinger, comentou que, embora o investimento inicial na eletrificação seja mais elevado, os custos operacionais ao longo do tempo são significativamente reduzidos.
Esse investimento também contribui para a expansão das redes de transmissão de energia, levando eletricidade a áreas remotas do país, que antes não tinham acesso à luz elétrica.
Além de considerar a eficiência energética em comparação com o diesel, é vital avaliar o contexto em que a ferrovia será construída.
Os advogados Alexandre Aroeira Salles e Mariana Miraglia deram entrevista ao portal Intermodal Digital e comentaram sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Recentemente anunciado pelo Governo Federal, esse programa deverá estimular o crescimento econômico e direcionar recursos aos projetos prioritários, como a eletrificação de ferrovias.
De acordo com Aroeira Salles e Miraglia, os investimentos no setor ferroviário totalizarão R$ 94,2 bilhões, com ênfase na expansão da malha ferroviária, abrangendo novas regiões de produção e aumentando a capacidade desse modal.
Esses recursos provêm de fontes diversas, com R$ 6 bilhões provenientes de investimentos públicos e R$ 88,2 bilhões provenientes do setor privado.
Os investimentos públicos estão direcionados principalmente para a construção e adaptação das ferrovias brasileiras. Ao mesmo passo, os investimentos privados concentram-se nas concessões existentes e em novos empreendimentos.
O MATLAB® e o Simulink® têm uma função importante na eletrificação de ferrovias, fornecendo ferramentas avançadas para engenheiros e gestores do setor ferroviário em todo o mundo.
No que diz respeito aos motores e sistemas de tração, o MATLAB e o Simulink permitem o desenvolvimento de motores eficientes e seguros, bem como unidades de controle de tração.
Aplicações para o setor ferroviário - Material Rodante
Eles possibilitam a modelagem e simulação detalhada de todos os aspectos dos motores, sistemas elétricos e sistemas de controle. Reduz-se, assim, a necessidade de protótipos físicos e permite-se a geração de código diretamente do Simulink.
Isso resulta em maior eficiência e confiabilidade no sistema de tração, além de previsibilidade no processo logístico.
Para sistemas de controle e sinalização, essas ferramentas ajudam a lidar com a crescente complexidade do controle ferroviário e a manter os sistemas em conformidade com as normas de segurança.
É possível desenvolver sistemas avançados e confiáveis, avaliar requisitos, medir a qualidade dos modelos e códigos, realizar testes automáticos e gerar código C/C++ ou HDL otimizado. Isso permite uma monitorização mais ajustada da logística e a análise de dados para intervenções precisas.
Na manutenção de equipamentos e otimização de operações, o MATLAB é utilizado para realizar análises detalhadas de dados, com suporte de inteligência artificial e IoT (internet das coisas).
Isso garante informações mais precisas para manutenções proativas ou preditivas, otimizando o processo logístico e antecipando falhas em sistemas complexos.
Em relação aos sistemas de eletrificação e gestão energética, o MATLAB e o Simulink permitem o desenvolvimento completo de sistemas elétricos para ferrovias, desde o projeto inicial até a simulação e testes em ambiente digital.
O resultado disso é uma maior otimização do consumo energético, com a capacidade para simular dispositivos elétricos, projetar redes elétricas e testar motores, geradores, baterias e outros componentes com alta fidelidade.
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