IoT é a sigla para Internet of Things, que significa, em português, Internet das Coisas.
Você já escutou por aí de alguém, que conversou com alguém, coisas a respeito. Talvez, já arriscou dar seus palpites numa roda de amigos ou, foi mais ousado, levando ideias ao local de trabalho associadas a vanguarda e inovação.
Bom, que IoT será importante, poucos duvidam no mundo, mas como fazer isso ser efetivamente útil, gerador de riqueza e bom para os negócios ainda é algo que esquenta bastante a cabeça das pessoas e empresas. Aqui no Brasil não poderia ser diferente, muitas dúvidas sobre o que é, o que fazer com isso, e onde explorar como negócio.
Vou tocar em todos esses temas, mas, um bom ponto de partida é o seguinte: para alguma coisa ser considerada conceitualmente em IoT precisará possuir conectividade na origem, ser materializada por um hardware e software.
Dessa forma, o quê, como e quando fazemos algo, graças a IoT, nunca mais será o mesmo!
Imagine, agora, quando todo o ambiente no qual exercemos nossos papeis como atores dos dramas de nossas vidas ficar muito mais animado, afinal ele vai se comunicar ativamente conosco. Quando digo comunicar, digo literalmente interagir.
O Gartner(1) estima que até 2026, 26 bilhões de dispositivos estarão conectados a IoT. Atualmente esse número gira em torno de 7 bilhões.
Então, o que é IoT? Como ganhamos dinheiro com isso?
Do básico para o complexo, IoT nada mais é que, uma rede de “coisas” interligadas, esse conceito permite o monitoramento e ação sobre dispositivos em qualquer lugar que possam estar independentes da distância que estejam. Sim, essas “coisas” seriam, por exemplo, batedeiras de bolo, lâmpadas, smart TVs, smartphones, câmeras de monitoramento, máquinas de lavar, semáforos, caminhões, carros, turbinas de avião, mísseis, etc.
Todos possuem sensores que emitem e recebem dados, isso é possível devido a conectividade de rede e eletrônica embarcada nesses dispositivos tornando-os responsivos, ou seja, que respondem, que agem conforme os eventos ocorrem no tempo e um software que analisa esses dados aplicando regras que definem o que fazer, ou atribuindo a você a tomada de decisão sobre esses dados.
Portanto, IoT possui certo grau de autonomia, mas sua existência necessita de integração e propósito.
Da mesma forma que nós humanos temos nossas redes sociais para trocar informações uns com os outros, em IoT há as redes “sociais” das “coisas” que interagem entre si.
IoT funciona como uma rede social gigante, que integra além das “coisas”, em tipos de relacionamentos, entre pessoas e as “coisas”, entre as pessoas somente e por fim, somente entre as “coisas”. Ou seja, se algo pode ser conectado, com certeza será conectado.
A partir desse conceito, é só explorar as possibilidades, quer ver:
Logo pela manhã ao toque do despertador, a luz do seu quarto é ligada, te avisa se está quente ou mais frio, se chove ou venta, sua cafeteira é ativada e o cheiro bom do café te ajuda a ter forças para sair da cama, a torradeira é acionada, entre tantas outras…
Baseado nos dados do caminho que você faz de carro para o trabalho, e o trânsito que você enfrenta, alterações de rota já são computadas e sugeridas para a mais rápida levando em consideração a hora alvo de chegada ao escritório e, claro, sua segurança, porque os caminhos perigosos são levados em consideração.
E se quando você chegasse no estacionamento do trabalho seu computador se ativasse, a lista de suprimentos a ser comprada já estivesse pronta esperando seu OK para disparar a compra ou, se for da sua preferência disparada automaticamente para seu fornecedor.
Você gosta de esportes, e IoT pode te ajudar avisando se o ar está muito seco, muito úmido ou se está calor demais ou frio demais e qual o melhor horário para a prática.
Esses controles, avisos e tomadas de decisão visam facilitar sua vida, colocar mais tempo produtivo ou de lazer, focar você no que realmente importa.
Todo esse conceito pode ser extrapolado para cidades Inteligentes, casas inteligentes, racionalizar energia, em suma, termos um mundo mais inteligente, esperto e integrado.
(Autoria: Artur Marques – Professor universitário, astrofísico e entusiasta da ciência e tecnologia aplicada)