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Produção 4.0

10/02/2022
4 min. de leitura

 

Como garantir a redução de perdas e falhas que corroem os lucros das empresas? Uma das respostas é o uso de dados (data) para melhorar a performance da produção.

Quando pensamos em produção, sabemos que perdas impactam diretamente no lucro das indústrias. Por isto, quando falamos de perdas  em indústrias de grande porte, certamente estamos falando de grandes danos, em que até mesmo pequenos contratempos podem afetar significativamente a lucratividade. Todo empresário sabe a fórmula do lucro – L=R-C -, ou seja, lucro é a receita menos o custo. Desta forma, fica fácil concluir que qualquer redução de custo impacta positivamente no resultado financeiro de uma empresa.

Mas como garantir a redução de perdas e falhas que corroem os lucros das empresas? Uma das respostas é o uso de dados (data) para melhorar a performance da produção, tendência que avança e se torna cada vez mais presente nas rodas de conversa de empresários e executivos. A competitividade acirrada entre os grandes players, de todos os segmentos de mercado, faz com que os mais informados se tornem os mais bem sucedidos.

Mas que tipos de problemas os dados podem ajudar a resolver nas fábricas e processos de produção? A resposta é: alto consumo de energia, desperdício de água e matéria-prima, falhas em equipamentos, retrabalho, controle de qualidade de produtos (só para citar alguns) são problemas que podemos minimizar e até mesmo evitar quando os dados trabalham a nosso favor.

Fato é, que toda e qualquer produção fabril pode ser melhorada, quando coletamos os dados gerados durante os processos.  De que forma? Se temos os dados da realidade, daquilo que acontece na ‘vida real’, podemos também simular o ’mundo ideal’ e, por meio de um modelo, identificar quais são as variáveis que devem ser mudadas para chegarmos ao cenário idealizado e inclusive antever diversos problemas dos quais já foram citados.

Grosso modo, funciona mais ou menos assim:

  1. Com os dados, desenvolvemos um modelo computacional;

  2. Com o modelo, rodamos uma simulação para validação e testes;

  3. O protótipo virtual torna-se um Digital Twins (ou Gêmeo Digital) com o uso da Inteligência artificial + Data;

  4. Por meio do Digital Twins todo o processo é otimizado automaticamente;

  5. O novo modelo otimizado permite o desenvolvimento de um sistema de controle inteligente;

  6. O sistema de controle é inserido e conectado na produção fabril;

  7. Uma vez implantado, coletamos novos dados;

  8. Os novos dados são analisados e o Digital Twins pode ser aperfeiçoado;

  9. voltamos ao passo número 3.

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Em todo esse processo, a inteligência artificial está cada vez mais presente, pois a capacidade de processamento das máquinas (leia-se: analisar os dados e tomar decisões) é imprescindível para a otimização dos processos.

Além disso, essa tecnologia auxilia o empresário e seus executivos na manutenção preventiva de equipamentos, detecção de anomalias e isolamento obrigatório. Desta forma, os computadores aprendem a monitorar fábricas por meio da leitura de dados de sensores que representam as condições de operação reais das máquinas. Tudo feito por um monitoramento em tempo real. Compreendendo estas condições, os computadores tomam decisões sobre os controles de comando baseados nos parâmetros definidos anteriormente pelos seres humanos, com o objetivo de otimizar a eficiência das operações fabris.

Sim, você vai precisar de um profissional para pilotar sua Produção 4.0, porém isso não é um bicho de sete cabeças. As tecnologias estão todas aí, à disposição daqueles que estiverem atentos às oportunidades para modernizar seus processos produtivos e manter a competitividade e lucratividade. Basta ter um bom piloto e as ferramentas certas para este profissional.  Engenheiros e cientistas de dados são ótimos comandantes.  Assim como o MATLAB e Simulink são seguramente as melhores ferramentas que você pode entregar aos seus pilotos. É preciso acreditar nos dados, pois são ativos valiosos para qualquer produção 4.0 competitiva.

Silvia Lavagnoli é gerente de marketing da OPENCADD e atua no segmento de tecnologia há 14 anos.