O conceito de qualidade no setor espacial vem sofrendo evolução ao longo das décadas e a Engenharia de Requisitos torna-se fundamental para garantira a qualidade. No início, quando os projetos espaciais se limitavam a satélites e lançadores, os objetivos da qualidade se identificavam com o “sucesso da missão” e muitas vezes com a “confiabilidade de seus sistemas”. Com o advento dos sistemas tripuláveis e reutilizáveis, surgiram preocupações com a segurança da tripulação e a manutenção dos veículos espaciais. Estas preocupações colocadas em forma de requisitos seriam equivalentes estabelecer que os projetos espaciais deveriam atender:
Confiabilidade: Garantir os desempenhos pelo tempo especificado;
Segurança: Ser utilizados em condições seguras;
Manutenibilidade: Ser reparados facilmente em caso de defeitos;
Disponibilidade: Estar disponíveis quando solicitado;
Gerenciamento de Riscos: Ser realizado levando-se em consideração as restrições de custo e cronograma.
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Constata-se, portanto, que a qualidade não se limita apenas ao cumprimento dos requisitos de desempenho de um projeto ou de uma especificação. Pode-se dizer que a função qualidade é uma combinação de características e de desempenhos que resulta na excelência de resultados. Por excelência, entende-se a otimização de todas as características referidas anteriormente, empregando a melhor solução de projeto. A qualidade, também, está relacionada ao custo e ao cronograma do projeto. Conforme o trabalho exposto no SBPO “O Conceito e a Obtenção da Qualidade em Projetos Espaciais”.
Devido à alta complexidade dos projetos espaciais a engenharia de requisitos é equivalente a um processo sistemático e estruturado chamado engenharia de sistemas.
Segundo o INCOSE (International Council on Systems Engineering):
“A Engenharia de Sistemas é uma abordagem interdisciplinar que torna possível a concretização de sistemas de elevada complexidade. O seu foco encontra-se em definir, de maneira precoce no ciclo de desenvolvimento de um sistema, as necessidades do usuário, bem como as funcionalidades requeridas, realizando a documentação sistemática dos requisitos, e abordando a síntese de projeto e sua validação de forma a considerar o problema completo: operação, desempenho, teste, fabricação, custo, cronograma, suporte, instalação, etc.”
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