Redução de desperdício é sinônimo de aumento de lucros. Não deixe que seus produtos se percam pelo caminho…
As empresas que operam com transporte de carga por ferrovias levam milhares de toneladas dos mais diversos tipos de comodities – minérios, grãos, milho, açúcar, farelos etc. – até algum complexo portuário que a mercadoria seja embarcada em navios gigantescos com destino certo.
Porém, o que muitos não sabem, é que existe um caminho (às vezes longo) no qual a carga percorre desde a saída do trem até o ponto de armazenamento em silos ou embarque em navios. Este transporte é feito por esteiras de maneira interligada desde o setor de descarregamento dos veículos até os silos ou navios. Desta forma, a carga é despejada, direcionada para esteiras transportadoras planas, caixas de transferências e elevadores de caneca (usados para mudança de nível entre as esteiras transportadoras), até chegarem aos seus destinos.
Como os sistemas de transporte portuário funcionam em tempo integral (full-time) e a carga passa por diversos pontos até chegar na embarcação, é fácil perceber que existem perdas durante este processo. Essas perdas devem-se a muitos fatores, que vão desde a falta de controle do processo, máquinas com irregularidades de funcionamento, até a falta de documentação técnica dos equipamentos para a devida manutenção. Com isso, a medição da mercadoria que sai dos veículos passa a ser diferente no montante de material que realmente chega na embarcação, devido às inúmeras perdas pelo caminho.
Como resolver este problema a fim de diminuir os desperdícios e aumentar o lucro por mercadoria transportada? Uma das soluções está na adoção de gêmeos digitais. Ao desenvolver um modelo digital que represente com alta fidelidade todo o sistema de transporte de carga, é possível simular todos os cenários de perda de carga e com isso propor melhorias dos equipamentos e otimizações do processo de transporte.
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Uma vez que o modelo numérico é testado exaustivamente e validado com dados de sensores do sistema real, você terá em mãos o que chamamos de Digital Twins (ou gêmeos digitais). Com ele é possível incorporar todas as melhorias por meio das diversas portabilidades para qualquer sistema empresarial (C/C++, Cuda, Python, Java e etc). Conectando o modelo digital com o hardware atuante no processo real, o gêmeo digital transmite todas as informações necessárias para o sistema a fim de reduzir as perdas na movimentação da carga.
A implantação de um modelo como esse pode gerar diversos benefícios para a empresa, dentre os quais destacam-se:
Análise rápida e precisa do sistema em diversas situações: isso permite que se escolha aquela que mais se adapta à situação real da empresa e se analise diversos cenários para antever falhas e reduzir os custos do processo;
Redução do desperdício da mercadoria durante o percurso da carga: isso impacta diretamente em um ganho de toneladas de comodities uma vez que o fluxo do processo é alto e contínuo, aumentando ainda mais o lucro;
Otimização do transporte proporcionando maior ganho e eficiência;
Adição e acoplamento de outros equipamentos dispositivos para automatização do processo para proporcionar rapidez na execução de ponta a ponta do sistema.
Esta solução é desenvolvida pela OPENCADD utilizando os melhores softwares para Digital Twins – MATLAB e Simulink. Com essas duas ferramentas é possível projetar o sistema de transporte mais adequado para cada caso. Isto também tem muita aplicabilidade em indústrias que usam esteiras transportadoras para o manejo dos seus produtos/mercadorias. No final, sabe o que isto significa? Aumento nos lucros!
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Eduardo Lima é Mestre em Engenharia Mecânica e Doutorando pela UNICAMP, atuando na OPENCADD como Engenheiro de Produtos no departamento de Marketing.